Uma nova comissão foi formada com o intuito de resolver o impasse em relação ao futuro do Pronto-Socorro da Santa Casa de Mogi das Cruzes. Representantes da Secretaria Municipal de Saúde, da Santa Casa e da Câmara de Mogi participarão desse grupo de estudos que buscará encontrar soluções para o encerramento dos serviços do Pronto-Socorro no hospital filantrópico.
O Ministério Público também será convidado a participar da comissão, com o intuito de acompanhar o processo e assegurar que todas as partes envolvidas cumpram com seus compromissos. Além disso, foi sugerida a participação de representantes do governo do Estado no grupo de trabalho, uma vez que a principal questão em disputa é a falta de leitos para a internação de pacientes, que dependem do Sistema Informatizado de Regulação do Estado de São Paulo (Siresp).
A decisão de formar a comissão foi tomada durante uma reunião na tarde desta quarta-feira (25), na Prefeitura de Mogi das Cruzes, que contou com a presença do prefeito Caio Cunha, da mesa diretiva da Santa Casa e vereadores. O objetivo do encontro foi buscar uma solução para o impasse em relação ao futuro do Pronto-Socorro. O assunto também será discutido na próxima semana, em uma reunião entre o prefeito e o secretário estadual de Saúde, Eleuses Paiva.
Durante a reunião, o prefeito Caio Cunha enfatizou a importância de encontrar uma solução que não prejudique o atendimento à população. Ele solicitou um prazo de pelo menos 24 meses para realizar a transição dos serviços, uma vez que a Prefeitura não dispõe de um local adequado para a instalação do Pronto-Socorro.
Por sua vez, a Santa Casa alegou que dois anos é um prazo muito longo e que não tem condições de continuar prestando os serviços devido a problemas de superlotação e falta de estrutura física adequada para oferecer um atendimento digno aos pacientes. O diretor da Santa Casa, Flávio Mattos, também mencionou casos de pacientes que, ao serem encaminhados para o hospital, aguardam vagas que não são disponibilizadas a tempo, resultando em tragédias.
O secretário municipal de Saúde, Willian Harada, argumentou que o Pronto-Socorro já funcionou na Santa Casa por 50 anos e que o serviço deveria permanecer no mesmo local. Ele mencionou que o valor do repasse para a Santa Casa aumentou, embora a demanda por serviços tenha diminuído no último ano.
Após a discussão, as partes concordaram que a questão envolve principalmente o Estado, que precisa fornecer mais leitos para atender à demanda. O prefeito já estabeleceu contato com o secretário estadual de Saúde, Eleuses Paiva, para realizar uma audiência na próxima semana, na qual será proposta uma solução que envolva todas as partes interessadas. A expectativa é de que o Estado promova a regionalização do Sistema Informatizado de Regulação do Estado de São Paulo (Siresp) para agilizar as vagas na região do Alto Tietê e aumente o número de leitos disponíveis.
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